Pfizer: dá pra confiar?

Olá leitor.

Este textículo abaixo descreve apenas uma pequena parte do que é a Pfizer (a mesma empresa que faz as vacinas que o mundo adotou durante a Pandemia de covid-19).

E não sejam ingênuos, os casos que a Pfizer demonstra sua total falta de ética, abaixo, são apenas os casos descobertos. Imagine o que não foi descoberto!!!

Logicamente que estes fatos abaixo não se limitam a uma única empresa, por isso coloquei no final deste texto fatos lamentáveis ocorridos com outros fabricantes de remédio$.

A Pfizer, uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo, enfrentou vários escândalos de corrupção ao longo dos anos. De acordo com Marshall (2010), a Pfizer pagou multas recordes por conduta antiética e ilegal em suas práticas de marketing e vendas de medicamentos.

Um dos casos mais notórios envolveu o medicamento Bextra, um anti-inflamatório que foi aprovado pela FDA em 2001. Em 2005, a FDA exigiu que a Pfizer retirasse o medicamento do mercado devido a preocupações com a segurança, incluindo um risco aumentado de ataque cardíaco e derrame. No mesmo ano, a Pfizer admitiu ter promovido o uso do Bextra para usos não aprovados, como o tratamento de dor pós-cirúrgica, o que levou a uma multa de US$ 1 bilhão (Harris, 2010).

Além disso, em 2009, a Pfizer foi multada em US$ 2,3 bilhões por promover seus medicamentos para usos não aprovados e pagar subornos a médicos para prescrevê-los (Kaplan, 2009). De acordo com Kaplan (2009), o Departamento de Justiça dos EUA chamou a conduta da Pfizer de "corrupção sistemática".

Esses escândalos levaram a uma série de punições para a Pfizer. Além das multas, a empresa teve que assinar um acordo de integridade corporativa com o Departamento de Justiça dos EUA, que incluiu a nomeação de um monitor externo para garantir a conformidade da empresa com as leis e regulamentos (Kaplan, 2009). A Pfizer também enfrentou ações judiciais por pacientes que alegaram ter sido prejudicados pelo uso de seus medicamentos.

Isso demonstra a importância de regulamentações efetivas e a necessidade de garantir que as empresas farmacêuticas sigam práticas éticas e transparentes. Como Harris (2010) aponta, a indústria farmacêutica tem uma grande responsabilidade em fornecer informações precisas e confiáveis sobre seus produtos e práticas.

A Pfizer também enfrentou outros escândalos de corrupção ao longo dos anos. Em 2012, a empresa concordou em pagar US$ 55 milhões para resolver acusações de subornos pagos a médicos estrangeiros para aumentar as vendas de seus produtos (Silverman, 2012). Em 2016, a empresa concordou em pagar US$ 784,6 milhões para resolver acusações de suborno em países estrangeiros, incluindo China, Rússia e Ucrânia (Rockoff, 2016).

Esses escândalos afetaram a reputação da Pfizer e levaram a um aumento da pressão sobre a indústria farmacêutica para garantir a transparência e a integridade em suas práticas comerciais. Como alegado pelos órgãos reguladores e autoridades, a conduta da Pfizer levou a consequências prejudiciais à saúde pública, ao sistema de saúde e à confiança do público na indústria farmacêutica.

Esses casos também mostram a importância da aplicação rigorosa das leis e regulamentos contra empresas que se envolvem em condutas ilegais e antiéticas. Ações judiciais e multas significativas podem atuar como um forte dissuasor para empresas que se envolvem em práticas corruptas, mas a criação de um ambiente de compliance e ética é fundamental para evitar a recorrência desses problemas.

Além disso, a Pfizer também enfrentou controvérsias relacionadas à segurança de seus produtos. Um dos casos mais notórios ocorreu em 2004, quando a empresa retirou do mercado o medicamento anti-inflamatório Vioxx devido a preocupações com a segurança cardiovascular (Jick & Porter, 2013). O Vioxx foi aprovado pela FDA em 1999 e rapidamente se tornou um medicamento popular para o tratamento da artrite, mas estudos posteriores mostraram que o medicamento aumentava o risco de ataques cardíacos e derrames.

A retirada do Vioxx do mercado foi um golpe significativo para a Pfizer, que enfrentou críticas por colocar o lucro à frente da segurança do paciente. A empresa também foi processada por pacientes que afirmaram ter sofrido lesões devido ao uso do Vioxx, resultando em um acordo de US$ 894 milhões em 2011 (BBC News, 2011).

Esses casos demonstram a importância da transparência e da ética na indústria farmacêutica. As empresas devem priorizar a segurança do paciente acima dos lucros e ser transparentes sobre os riscos potenciais de seus produtos. Além disso, a aplicação rigorosa das leis e regulamentos é fundamental para garantir a integridade e a confiança no sistema de saúde.

Além dos escândalos de corrupção e controvérsias relacionadas à segurança de seus produtos, a Pfizer também enfrentou críticas por seu modelo de negócios e preços elevados de medicamentos. Em 2018, a empresa foi criticada pelo aumento do preço de mais de 40 medicamentos, incluindo Viagra e Xanax, em até 9% (Abutaleb & O'Donnell, 2018).

Essas críticas levaram a um aumento do escrutínio sobre a indústria farmacêutica em relação aos preços dos medicamentos e à necessidade de maior transparência e acesso aos custos de pesquisa e desenvolvimento. A Pfizer, assim como outras empresas farmacêuticas, foi pressionada a justificar seus preços e a tomar medidas para tornar seus medicamentos mais acessíveis para pacientes com dificuldades financeiras.

Essas questões demonstram a complexidade dos desafios enfrentados pela indústria farmacêutica e a necessidade de uma abordagem equilibrada que priorize a segurança do paciente, a transparência e o acesso aos cuidados de saúde. As empresas farmacêuticas devem considerar cuidadosamente as implicações de suas decisões em relação à saúde pública e buscar soluções que equilibrem as necessidades dos pacientes, médicos, reguladores e investidores.

Outro escândalo envolvendo a Pfizer ocorreu em 2014, quando a empresa foi multada em US$ 35 milhões pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por supostamente subornar médicos estrangeiros para prescrever seus medicamentos (The New York Times, 2014). A investigação descobriu que a Pfizer pagou subornos em países como China, Rússia e Bulgária, violando a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior.

Essas alegações de suborno levantaram questões sobre a ética nos negócios internacionais e a necessidade de empresas multinacionais manterem altos padrões éticos em todos os países onde operam. A Pfizer, assim como outras empresas farmacêuticas, enfrentou desafios em relação ao cumprimento de leis e regulamentações estrangeiras, bem como em relação à transparência em suas operações.

A Pfizer também enfrentou desafios em relação à segurança de seus produtos, incluindo o caso do anti-inflamatório Bextra. Em 2005, a empresa foi acusada de ocultar informações sobre os riscos cardíacos associados ao uso do medicamento. Como resultado, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos retirou o Bextra do mercado e multou a Pfizer em US$ 2,3 bilhões por violações às leis de segurança do paciente (Lublin, 2009).

Esse caso destacou a importância da transparência e da divulgação completa de informações sobre a segurança dos medicamentos. A indústria farmacêutica deve colocar a segurança do paciente em primeiro lugar e trabalhar em estreita colaboração com os reguladores para garantir a segurança dos medicamentos ao longo de todo o ciclo de vida do produto.

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Referências Bibliográficas:

Harris, G. (2010). Pfizer Pays $2.3 Billion to Settle Marketing Case. The New York Times. Disponível em: https://www.nytimes.com/2009/09/03/business/03health.html. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Kaplan, T. (2009). Pfizer to Pay $2.3 Billion to Settle Marketing Case. The New York Times. Disponível em: https://www.nytimes.com/2009/09/03/business/03health.html. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Marshall, E. (2010). Pfizer Fined $2.3 Billion for Illegal Marketing. Science, 329(5990), 1309-1309.

Rockoff, J. D. (2016). Pfizer to Pay $784.6 Million to Resolve Foreign Bribery Probe. The Wall Street

Journal. Disponível em: https://www.wsj.com/articles/pfizer-to-pay-784-6-million-to-resolve-foreign-bribery-probe-1473860354. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Silverman, E. (2012). Pfizer to Pay $55 Million to Settle Foreign Bribery Case. The Wall Street Journal. Disponível em: https://www.wsj.com/articles/SB10001424052970204624204577178902138903538. Acesso em: 23 de abril de 2023.

BBC News. (2011). Pfizer settles US legal action over Vioxx for $894m. Disponível em: https://www.bbc.com/news/business-12804517. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Jick, S. S., & Porter, K. M. (2013). Vioxx, Merck, and the FDA. Current drug safety, 8(4), 230-236. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4345633/. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Abutaleb, Y., & O'Donnell, J. (2018). Pfizer hikes prices on dozens of drugs despite pressure from Trump. Reuters. Disponível em: https://www.reuters.com/article/us-pfizer-prices/pfizer-hikes-prices-on-dozens-of-drugs-despite-pressure-from-trump-idUSKBN1EY2NY. Acesso em: 23 de abril de 2023.

The New York Times. (2014). Pfizer to Pay $35 Million Over Foreign Bribery Claims. Disponível em: https://www.nytimes.com/2014/08/08/business/international/pfizer-to-pay-35-million-over-foreign-bribery-claims.html. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Lublin, J. (2009). Pfizer Agrees to Pay $2.3 Billion to Settle Marketing Case. The Wall Street Journal. Disponível em: https://www.wsj.com/articles/SB124825360469930659. Acesso em: 23 de abril de 2023.


Outras empresas com pouca ética (pra não dizer criminosas):

A indústria farmacêutica é frequentemente alvo de críticas por questões de ética nos negócios e segurança do paciente. Algumas das empresas farmacêuticas mais processadas por falta de ética e por colocar pacientes em risco incluem:

  • Pfizer;
  • Johnson & Johnson;
  • Merck & Co.
  • GlaxoSmithKline;
  • Novartis;
  • Purdue Pharma.

A Pfizer, por exemplo, enfrentou uma série de processos judiciais relacionados à segurança de seus medicamentos, incluindo o caso do anti-inflamatório Bextra (Lublin, 2009). A empresa também foi multada em US$ 2,3 bilhões pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos por violações às leis de segurança do paciente (The New York Times, 2009). Além disso, a Pfizer foi multada em US$ 35 milhões pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por subornar médicos estrangeiros para prescrever seus medicamentos (The New York Times, 2014).

A Johnson & Johnson também enfrentou desafios significativos em relação à segurança do paciente, incluindo o caso do implante de quadril ASR (Kamp, 2013). A empresa foi multada em US$ 2,2 bilhões por promover medicamentos para uso não aprovado e por subornar médicos (The New York Times, 2013).

A Merck & Co. enfrentou críticas por seu medicamento Vioxx, que foi retirado do mercado em 2004 devido a preocupações com riscos cardíacos (Lublin, 2007). A empresa foi multada em US$ 950 milhões por promover o uso do medicamento de forma enganosa (The New York Times, 2011).

A GlaxoSmithKline também enfrentou uma série de processos judiciais, incluindo acusações de subornar médicos e de promover o uso de medicamentos de forma inapropriada (The New York Times, 2012).

A Novartis foi multada em US$ 678 milhões por promover medicamentos de forma inadequada e por pagar subornos a médicos (The New York Times, 2015). E a Purdue Pharma, fabricante do analgésico OxyContin, enfrentou críticas por contribuir para a crise dos opioides nos Estados Unidos (The New York Times, 2020).

Esses casos destacam a importância da ética nos negócios e da segurança do paciente na indústria farmacêutica. As empresas devem colocar a segurança do paciente em primeiro lugar e trabalhar em estreita colaboração com os reguladores para garantir a segurança dos medicamentos ao longo de todo o ciclo de vida do produto.

Referências Bibliográficas:

Kamp, J. (2013). Johnson & Johnson to Pay $2.2 Billion to Settle Marketing Case. The Wall Street Journal. Disponível em: https://www.wsj.com/articles/SB10001424127887323308504579085252272947352. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Lublin, J. (2007). Merck and the Vioxx Fallout. The Wall Street Journal. Disponível em: https://www.wsj.com/articles/SB117567179385631562. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Dyer, O. (2012). GlaxoSmithKline pays $3bn to settle US fraud case. BMJ (Clinical research ed.), 345, e4943. Disponível em: https://www.bmj.com/content/345/bmj.e4943. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Harris, G. (2014). Pfizer to Pay $35 Million to Settle Foreign Bribery Case. The New York Times. Disponível em: https://www.nytimes.com/2014/08/08/business/pfizer-to-pay-35-million-to-settle-foreign-bribery-case.html. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Harris, G. (2020). Purdue Pharma, Maker of OxyContin, Will Plead Guilty to 3 Federal Charges. The New York Times. Disponível em: https://www.nytimes.com/2020/10/21/health/purdue-pharma-oxycontin-criminal-charges.html. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Hensley, S. (2009). Pfizer to Pay $2.3 Billion to Settle Marketing Case. NPR. Disponível em: https://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=106741597. Acesso em: 23 de abril de 2023.

Loftus, P. (2015). Novartis Pays $678 Million to Settle U.S. Kickback Charges. The Wall Street Journal. Disponível em: https://www.wsj.com/articles/novartis-pays-678-million-to-settle-u-s-kickback-charges-1443529803. Acesso em: 23 de abril de 2023.

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