Extrema-direita inspirada pelas ideias do delinquente Steve Bannon

A extrema-direita, inspirada por ideólogos como Steve Bannon, conseguiu convencer milhões de eleitores brasileiros a votar (ou votar de novo) em Jair Bolsonaro usando uma combinação poderosa de guerra cultural, propaganda digital, desinformação emocional e um discurso de “salvador da pátria”. Aqui estão os principais mecanismos usados:


🧠 1. Guerra cultural como estratégia central

Steve Bannon sempre defendeu que a batalha política deve ser cultural, não apenas econômica. No Brasil, a campanha bolsonarista seguiu essa linha:

  • Criou um inimigo interno (a “esquerda globalista”, os “comunistas”, o “marxismo cultural”).

  • Disse que a família, a fé cristã e a liberdade estavam sob ameaça.

  • Associou qualquer avanço progressista (como direitos LGBTQIA+ ou políticas identitárias) à ideia de decadência moral.

➡️ Isso ativou o medo e o ressentimento em muitos setores da população, principalmente religiosos e conservadores.


📱 2. Uso massivo de redes sociais e WhatsApp

Bannon é conhecido por dominar a manipulação de redes sociais, e o bolsonarismo seguiu o manual:

  • Grupos de WhatsApp foram usados para espalhar fake news, memes e teorias conspiratórias (ex: kit gay, urnas fraudadas, comunismo no STF).

  • Influencers, pastores e canais no YouTube atuaram como agentes de propaganda.

  • A comunicação era simples, emocional e cheia de códigos morais fáceis de entender.

➡️ Isso criou uma bolha informacional onde a narrativa bolsonarista era reforçada o tempo todo.


🧨 3. Exploração do antipetismo e medo do “passado”

Muitos brasileiros ainda associam o PT com corrupção (Lava Jato, mensalão). A extrema-direita usou isso como arma principal:

  • Bolsonaro se apresentou como “o único capaz de impedir a volta do PT ao poder”.

  • Culpou o “sistema” e o “establishment político” por todos os problemas do país.

  • Usou um discurso de "outsider" mesmo estando no Congresso há 30 anos.

➡️ O eleitorado foi convencido de que "votar em Bolsonaro era o mal menor" ou a única forma de “salvar o Brasil”.


🦠 4. Criação de uma identidade emocional forte

O bolsonarismo virou quase uma religião política, como Bannon faz com o trumpismo:

  • Há culto à personalidade (mito, pai da pátria, escolhido por Deus).

  • A política vira uma luta do bem contra o mal.

  • Quem discorda é tratado como traidor ou inimigo.

➡️ Isso fidelizou uma parte do eleitorado, tornando-o resistente a fatos, dados ou críticas racionais.


🇺🇸 5. Alinhamento com movimentos globais

Bannon defende uma “internacional reacionária” e ajudou a articular redes de extrema-direita no mundo todo (Trump, Orbán, Vox, Bolsonaro). Isso deu recursos, estratégias e narrativas globais ao bolsonarismo:

  • Defesa de armas, rejeição da ciência (ex: vacinas, clima), ataque à mídia, culto ao “homem forte”.

  • Narrativas como “conspiração globalista”, “Great Reset” e “infiltração comunista” foram importadas para o Brasil com adaptações.


✅ Em resumo:

A extrema-direita convenceu parte do eleitorado brasileiro com:

  • Uma narrativa emocionalmente poderosa;

  • Um inimigo claro (a esquerda);

  • Uma rede digital eficaz de comunicação e desinformação;

  • E a promessa de “restaurar” valores tradicionais.

 

Exemplos reais de estratégias digitais ou mensagens típicas do WhatsApp bolsonarista analisadas por pesquisadores

exemplos reais de como a extrema-direita, inspirada por Steve Bannon, utilizou estratégias digitais para convencer eleitores brasileiros a apoiar Jair Bolsonaro:

 

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