Dom Pedro I e Dom Pedro II
Olá leitor.
Dom Pedro I e Dom Pedro II foram dois importantes imperadores do Brasil, com diferenças significativas entre eles.
Dom Pedro I, também conhecido como Pedro de Alcântara, foi o fundador do Império do Brasil e proclamou a independência do país em 1822. Segundo a historiadora Lilia Schwarcz, Dom Pedro I tinha uma personalidade impulsiva e autoritária, e era conhecido por suas decisões controversas, como a dissolução da Assembleia Constituinte em 1823. Ele abdicou do trono em 1831, deixando o país em uma crise política e econômica (SCHWARCZ, 2015).
Já Dom Pedro II, filho de Dom Pedro I, foi o último imperador do Brasil e governou o país por quase 50 anos. Ele é lembrado por ter sido um monarca mais tolerante e democrático do que seu pai. Segundo a historiadora Mary del Priore, Dom Pedro II era um "liberal convicto", que permitiu a liberdade de imprensa e o estabelecimento de partidos políticos no Brasil. Ele também promoveu importantes reformas na educação, ciência e indústria brasileira, tornando-se um dos mais importantes governantes do país (PRIORE, 2019).
Outra diferença importante entre os dois imperadores é a sua duração no trono. Dom Pedro I governou o Brasil por apenas 9 anos, enquanto Dom Pedro II governou por quase 50 anos. Durante o seu reinado, Dom Pedro II enfrentou alguns desafios, como a Guerra do Paraguai e a instabilidade política, mas é lembrado por ter conseguido manter a unidade do país e por ter realizado importantes reformas (FAUSTO, 1997).
Em resumo, Dom Pedro I é conhecido por ter sido o fundador do Império do Brasil e por ter proclamado a independência do país, mas também por ter uma personalidade autoritária e ter abdicado do trono. Já Dom Pedro II é lembrado como um imperador reformista, modernizador e mais tolerante, que governou o Brasil por quase 50 anos.
Referências:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1997.
PRIORE, Mary del. O Brasil de D. Pedro II. São Paulo: Leya, 2019.
SCHWARCZ, Lilia. D. Pedro I: um herói sem nenhum caráter. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.