Homocisteína

Olá leitor.

Neste texto falarei sobre a homocisteína.

Primeiramente quero recomendar fortemente o livro a seguir:


Este livro comprei usado e estou lendo quando me sobra algum tempo.

Alguns trechos deste livro são interessantíssimos:

A homocisteína, um aminoácido presente em nosso corpo, foi identificada como a causa da doença cardíaca - e também dos coágulos sanguíneos, do derrame e da gangrena... 

Manter os níveis de homocisteína na faixa de segurança não exige medicação dispendiosa nem remédio algum, apenas quantidades adequadas de certas vitaminas - B6, B9 e B12 - presentes em alimentos integrais frescos.
Página 23.
Notem que é fácil gravar as vitaminas 6, 9 e 12 são múltiplos de 3!!

Na página 52, o autor explica o problema dos carbohidratos que exigem muita insulina e geram obesidade e aumentam homocisteína. Precisamos mudar os hábitos alimentares e reduzir ao máximo os carbohidratos refinados e aumentar o consumo de gorduras boas.

Na página 143, o autor comenta que os exercícios físicos reduzirão os triglicerídeos e também a homocisteína.

Eu, Odair, faria um adendo aos comentários do autor e incluiria HIIT (exercícios intervalados de alta intensidade) para reduzir de forma mais expressiva a homocisteína.

Com esse resumão acima, acredito ter despertado a curiosidade para que você leia mais sobre isso e comente com seus conhecidos e também faça um exame de sangue para ver os níveis de homocisteína do seu corpo.

Para um aprofundamento neste conteúdo (artigo da scielo):
http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v40n5/a06v40n5.pdf

Vídeo do médico João Saada sobre homocisteína (pouco mais de 1 minuto de vídeo - não vá dizer que não tem tempo para ver):

Outro vídeo da Angela Xavier:




Agora um conteúdo extraído do livro a seguir, página 237:

 

Homocisteína

A homocisteína é um subproduto de um aminoácido que faz com que o corpo deposite plaquetas viscosas nos vasos sanguíneos. É normal que se tenha alguma homocisteína, mas em excesso ela pode afetar sua saúde cardiovascular. Há indicadores de que a homocisteína contribui para a aterosclerose, reduz a flexibilidade dos vasos sanguíneos e ajuda a tornar as plaquetas mais aderentes, prejudicando, assim, a circulação sanguínea. Resultado: existe uma correlação direta entre altos níveis de homocisteína e um aumento do risco de doenças cardíacas e AVCs.

A homocisteína elevada é uma forte indicação que prevê tanto um primeiro incidente cardiovascular como um recorrente (o que inclui a morte)8. Um excesso de homocisteína afeta de modo adverso a função do endotélio, o importantíssimo revestimento das paredes das artérias. Ele também aumenta o dano oxidativo e promove a inflamação e a trombose – um perfeito trio maligno para as doenças cardíacas9. Um estudo acompanhou mais de 3 mil pacientes com doença cardíaca crônica e descobriu que um evento coronariano subsequente era 2,5 vezes mais provável em pacientes com níveis elevados de homocisteína. E mais, cada 5 μmol/L de homocisteína previa um aumento de 25% no risco!

Felizmente, há um jeito fácil de baixar os níveis de homocisteína. Você só precisa dar ao corpo os três nutrientes principais de que ele precisa para metabolizar a homocisteína de volta a compostos inofensivos. Os três nutrientes são o ácido fólico, a vitamina B12 e a vitamina B6. Bastam cerca de 400 a 800 mcg de ácido fólico, de 400 a 1.000 mcg de B12 e de 5 a 20 mg de B6. Se você tiver tido um infarto ou outro evento cardiovascular; se você tem uma história familiar de doença cardíaca precoce; ou se você tem hipotireoidismo, lúpus ou doença renal, pense em pedir a seu médico que teste seus níveis de homocisteína. Finalmente, se você toma medicamentos que têm a propensão a elevar a homocisteína – a teofilina (para a asma), o metotrexato (para o câncer ou a artrite) ou a L-dopa (para o mal de Parkinson) –, você deveria fazer esse exame. (A recomendação do Dr. Sinatra para um nível ideal de homocisteína se situa entre 7 e 9 μmol/L.).




A Seguir, alguns artigos que demonstram a relação entre aumento de homocisteína e aumento de riscos de doenças cardiovasculares.

A homocisteína é um aminoácido sulfurado produzido durante o metabolismo da metionina, e sua concentração plasmática é influenciada por fatores genéticos e ambientais, como dieta e estilo de vida. A elevação dos níveis de homocisteína no plasma tem sido associada a um aumento no risco de doenças cardiovasculares, incluindo o infarto agudo do miocárdio (IAM).

Estudos epidemiológicos sugerem que a hiper-homocisteinemia é um fator de risco independente para doenças cardiovasculares, incluindo IAM. Alguns estudos demonstraram que pacientes com IAM apresentam níveis mais elevados de homocisteína do que indivíduos saudáveis. Um estudo conduzido por Tofé et al. (2021) encontrou uma relação significativa entre níveis elevados de homocisteína e o risco de IAM, mesmo após ajustes para outros fatores de risco, como tabagismo, hipertensão e diabetes.

Além disso, alguns estudos sugerem que a homocisteína pode desencadear a formação de placas ateroscleróticas, que são uma das principais causas de IAM. A homocisteína pode causar danos endoteliais, promover a proliferação celular e alterar o metabolismo lipídico, contribuindo para a formação de placas ateroscleróticas (Refsum et al., 2010).

Embora ainda haja controvérsias sobre a associação entre a homocisteína e o IAM, é importante considerar a dosagem dos níveis de homocisteína em pacientes com fatores de risco para doenças cardiovasculares. A redução dos níveis de homocisteína através de mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios físicos, ou através do uso de suplementos vitamínicos pode ser uma estratégia para a prevenção de doenças cardiovasculares, incluindo IAM.

Referências:

REFSUM, H. et al. Homocysteine and cardiovascular disease. Annual Review of Medicine, v. 61, p. 555-570, 2010.

TOFÉ, P. et al. Hyperhomocysteinemia and the risk of myocardial infarction: a case-control study. Revista Española de Cardiología, v. 74, n. 11, p. 975-982, 2021.

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O livro "O fator homocisteína" é um livro de 1996 escrito pelo Dr. William Walsh. O livro discute o papel da homocisteína na saúde e doença. A homocisteína é um aminoácido que pode se acumular no sangue se não for metabolizado adequadamente. Níveis elevados de homocisteína têm sido associados a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, acidente vascular cerebral, infertilidade, depressão e Alzheimer.

O Dr. Walsh argumenta que a homocisteína é uma das principais causas de doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. Ele afirma que os níveis de homocisteína podem ser reduzidos através de uma dieta saudável, exercícios e suplementos vitamínicos.

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